
Carlos Fabel, ex-diretor financeiro do Galo, é acusado de envolvimento em esquema financeiro irregular no clube.
Carlos Fabel, ex-diretor financeiro do Atlético-MG, foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por apropriação indébita, com a suspeita de ter desviado R$ 4 milhões dos cofres do clube. A denúncia, que já foi protocolada no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), foi fruto de uma investigação de dois anos conduzida pela Promotoria Criminal de Belo Horizonte e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), especializado no combate ao crime organizado.
O caso envolve um possível esquema de desvios enquanto Fabel ocupava uma posição estratégica na gestão financeira do Atlético entre 2009 e 2019, durante as presidências de Alexandre Kalil, Daniel Nepomuceno e Sérgio Sette Câmara. Segundo as investigações, Fabel, que entrou no clube em 2009 com salário de R$ 18 mil, passou a receber valores que chegaram a R$ 3,8 milhões em 2013, ano da conquista da Copa Libertadores. Esses números chamaram a atenção do MP, que aponta irregularidades nos pagamentos, incluindo a emissão de notas para três razões sociais diferentes, todas ligadas a ele.

O Ministério Público ressalta que a denúncia se baseia no artigo 168 do Código Penal, que trata do crime de apropriação indébita, caracterizado quando alguém se apropria de algo que tem em posse devido ao seu cargo ou função profissional, em vez de devolvê-lo ao seu legítimo dono. Caso a denúncia seja aceita pelo TJMG, Fabel se tornará réu e responderá na Justiça pelo crime.
Além do crime de apropriação indébita, o MP não descarta a possibilidade de outros delitos, como associação criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo mais pessoas no esquema. O caso segue sob sigilo, e Fabel, procurado por diversas vezes pela imprensa, não se manifestou.
