STJD pune Atlético por 6 mandos. Clube ainda pode recorrer; Entenda

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Galo nesta quarta-feira (27) com seis perdas de mandos de campo e uma multa de R$ 198 mil. A decisão foi unânime durante julgamento realizado no Rio de Janeiro, em razão de episódios ocorridos na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, no dia 10 de novembro, na Arena MRV.

Dois jogos já foram realizados com portões fechados, e o terceiro seguirá a mesma regra. Nos três jogos subsequentes, a presença de público será restrita a mulheres, crianças até 16 anos, idosos e pessoas com deficiência, como parte de uma medida socioeducativa.

A punição é válida para competições organizadas pela CBF e foi aplicada com base nos artigos 213 e 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que tratam de desordem, invasão de campo e atos discriminatórios. O clube foi absolvido no artigo 211, que avalia a infraestrutura do estádio.

Os incidentes que levaram à punição incluem o arremesso de objetos, como bombas e copos, além de tentativa de invasão ao campo. Um fotógrafo foi atingido por uma bomba e sofreu lesões nos dedos e no tendão do pé. O responsável pelo ato foi identificado e está preso, segundo autoridades.

O relator do caso, Ramon Rocha, afirmou que, apesar dos esforços do clube em identificar os responsáveis, não há como isentar o Atlético-MG da responsabilidade pelos atos graves.

A Arena MRV, palco da confusão, segue interditada por decisão anterior do STJD. O julgamento sobre sua liberação será realizado nesta quinta-feira (28). Caso liberada, o Atlético poderá utilizá-la nos jogos restantes sob as condições determinadas pela punição.

Possibilidade de Recurso

O Atlético-MG, representado pelo advogado Gustavo Caputo, considera a pena exagerada e estuda recorrer. O clube alega que tomou todas as providências para garantir a segurança e o bom andamento da partida.

“Por tudo que foi feito, nos parece exagerada a punição de seis jogos. Acreditamos que três jogos seriam suficientes”, declarou Caputo.

A decisão reforça a necessidade de medidas rigorosas contra a violência no futebol, ao mesmo tempo em que destaca a importância de clubes e torcidas trabalharem juntos para evitar novos incidentes.