Direitos de imagem, luvas e comissões não foram quitados dentro do prazo; clube vive pressão financeira em meio a temporada turbulenta

Enquanto enfrenta incertezas dentro de campo, o Atlético-MG também precisa lidar com problemas fora das quatro linhas. O clube mineiro acumula alguns problemas financeiros, os principais são:

  • atrasos nos pagamentos de direitos de imagem aos jogadores;
  • luvas de recém-contratados;
  • bonificações por contratações e comissões a empresários;

A situação revela um cenário preocupante nos bastidores do Galo, que ainda tenta se reorganizar após virar Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

De acordo com apuração da Rádio Itatiaia, o clube está em débito com o elenco desde o dia 20 de maio, data estipulada para o pagamento dos direitos de imagem referentes ao mês. Além disso, o Atlético ainda não quitou as luvas de reforços recém-chegados, tampouco as premiações prometidas pelo título do Campeonato Mineiro, vencido no primeiro semestre.

Outro ponto sensível é a pendência com empresários. Atrasos em comissões que envolvem percentuais negociados durante as contratações de atletas. Cinco nomes estão no centro da questão: Natanael (ex-Coritiba), Cuello (ex-Athletico), Júnior Santos (ex-Botafogo), Fausto Vera (ex-Corinthians) e Deyverson (ex-Cuiabá). Fausto e Deyverson, inclusive, já acionaram o clube na Justiça.

O Atlético, que acumula uma dívida líquida superior a R$ 1,3 bilhão conforme o último balanço da SAF, vive uma corrida contra o tempo para equilibrar as finanças. Internamente, a diretoria sinaliza a intenção de regularizar parte dos valores nos próximos dez dias. Porém, não há previsão exata para a quitação completa das pendências.

Em nota, o clube informou que não irá comentar o caso, tratando o assunto como uma questão interna. No entanto, a tensão já chegou aos corredores da Cidade do Galo. O histórico recente não ajuda: em abril, o pagamento da folha salarial de março também foi feito com atraso.

Com o ambiente financeiro instável, a direção atleticana se vê pressionada a não só resolver as pendências econômicas, mas também a blindar o elenco para que os problemas fora de campo não afetem ainda mais o desempenho esportivo. Mas nós, como torcedores, começamos a duvidar do futuro diante de um cenário que remete a momentos difíceis do passado e ameaça a estrutura de um projeto que prometia estabilidade e ambição com a SAF.

Fonte: Radio Itatiaia